Recanto de Alberto Valença Lima
A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original. (Albert Einstein)
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01/08/2018 07h30
Brincando de Deus

Poetrix de Alberto Valença Lima

 

Criança indaga descrente:

Onde Deus está? Mente?

Contente, cria um poema.

 

Este poetrix foi classificado em décimo lugar de um total de doze, no VIII CONCURSO INTERNACIONAL DE POETRIX. Resultado divulgado em 01 de agosto de 2018, conforme publicação que será postada em seguida.

Publicado por Alberto Valença Lima
em 01/08/2018 às 07h30
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
 
30/07/2018 10h00
Noite de São João (EC)

Por Alberto Valença Lima


Para mim, é o São João, a época mais gostosa do ano. E “gostosa” aqui, está no sentido de agradável e de saborosa. As festas são as mais animadas, as comidas são as mais saborosas, os locais aonde se pode brincar são os mais variados.

Quando criança, ainda havia o adicional das brincadeiras com fogos. Todos os anos sempre havia um pacote de fogos para cada um que meu pai comprava.



Eram bombas, traques de massa, estrelinhas, bichas de rodeio, cobrinhas, chuva de prata, chuveirinho, carrapeta, e só para olhar, porque nunca a gente recebia desses, o vulcão, os foguetões (também conhecidos como rojões) e aqueles fogos belíssimos que fazem um espetáculo à parte na noite do ano novo no mundo inteiro. E a fogueira? Como era maravilhoso acordar logo cedo no dia 23 de junho para preparar a fogueira para a noite! E à noite, acender, brincar ao redor dela, e já no fim da noite, quando só restavam brasas, assar milho. No dia seguinte, acordar e correr para ver se ainda havia algum sinal. E quando havia, catar gravetos para recomeçar o fogo.



Na época da minha infância também existiam os balões, que causam tantos estragos no mundo todo. Mas era maravilhoso sairmos perseguindo o balão e gritando: “cai, cai, balão! “Cai, cai, balão!” Achando que o que fazia o balão cair era a força do nosso pensamento.



Também era nessa época que aconteciam as “quadrilhas”, que não são de bandidos, mas de alegria. Dança de origem francesa, onde no interior, e depois nas grandes cidades, se costuma celebrar um casamento como parte da comemoração. E houve duas ocasiões em minha vida que as quadrilhas foram responsáveis por marcas indeléveis na minha história. Quando cursava o quarto ano ginasial, que hoje seria a nona série do primeiro grau, e quando cursava o terceiro ano científico, que hoje seria o terceiro ano do segundo grau. Na época deste último, durante parte do mês de maio, e todo o mês de junho, havia ensaios para a quadrilha todo sábado. Era maravilhoso!



Anavan tour, anarriê, balancê, cavalehiros cumprimentam as damas, damas cumprimentam os cavalheiros, grande roda, olha o túnel, caminho da roça, olha a chuva, choveu... e os passos vão se sucedendo numa festa incrível.

Mas, de todas as festas de São João das quais participei, nenhuma foi nem de longe tão fantástica quanto uma que passei no interior. Uma fogueira que tinha cerca de uns 5 metros de altura, um trio de forró, isto é, um zabumbeiro, um sanfoneiro e um triângulo a tocar a noite inteira, e muita comida de milho: pamonha, canjica, milho verde assado e cozido, pé-de-moleque, bolo de milho, munguzá... Guloseimas que fazem qualquer um sair da dieta.



A noite de São João, é de longe, a melhor do ano.


Para ilustrar, acrescento a seguir, um link de um dos meus poemas sobre essa época.

https://www.recantodasletras.com.br/poesiasdealegria/6359040

 

*****

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Noite de São João
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/noitedesaojoao.htm

Publicado por Alberto Valença Lima
em 30/07/2018 às 10h00
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02/07/2018 10h00
O perdão (EC)

Perdoar é uma terapia (Alberto Valença Lima)

Acorda Nathália com raiva, numa bela manhã de domingo. Frustrada porque levara da namorada, um bolo na noite passada.  Anita toda faceira, toca a campainha e espera. Nathália olha pela janela, e vê a namorada toda arrumada, com jeito de quem viera de uma bela noitada, com cara de sem vergonha, malandra e despudorada.

- O que você quer sua tratante?
- Quero te dar um beijo. Amanheci com saudade. Desce aqui!
Nathália contrariada, desce as escadas e abre a porta. E fala à queima-roupa: - Não quero beijo de mulher tratante. Volte pra festa onde estava.
Anita com um sorriso, diz para Nathália: - Vou te contar uma história, de uma conversa que Pedro teve com Jesus. Sabe sobre o que conversaram?

O perdão
De Alberto Valença Lima

Quantas vezes preciso perdoar o irmão?
Perguntou Pedro a Jesus de plantão.
Não até sete, respondeu Jesus à questão,
mas setenta vezes sete, concluiu ele o sermão.


Nathália recolheu toda sua agressividade e toda sua intolerância contra a namorada e deu um beijo nela. Mas disse em seguida: Você sabia que o amor e o perdão andam lado a lado? E que devemos nos proteger das muitas armadilhas que podem surgir em nossas vidas? Escute só esse poema.


O amor e o perdão
De Alberto Valença Lima

Se você não perdoa aquele que te ofendeu
como pode querer, ser por alguém perdoado
ao ofender a alguém, a quem você constrangeu?
Faça com os outros o que deseja para ser amado.


Pois muito bem, sua sabidinha, disse Anita para Nathália. Tenho um outro do mesmo autor que fala muita coisa sobre esse dom que nem sempre praticamos. E que pode trazer muito tormento na vida de uma pessoa. Por isso, devemos sempre estar preparados para perdoar. Escute só.

O perdão e seu tormento
De Alberto Valença Lima

Ressentimento, raiva e dor,
Só lhe causam sofrimento,
atraso de vida e falta de amor.
Só o perdão, extingue seu tormento.


É verdade. Mas muitas vezes, você fica com inveja das minhas conquistas e das minhas vitórias, disse Nathália para Anita. Precisamos superar esses obstáculos. Eles podem destruir nossa relação. Escute só.

A inveja e o perdão
De Alberto Valença Lima

Não te façam os invejosos, perder a razão.
Não agridas quem te inveja as conquistas
Antes, sê dele superior, e perdoa o irmão.
Tudo terá a ganhar, e ainda lhe darás uma lição.


Pois bem, disseram as duas ao mesmo tempo. Vamos viver o perdão. Não teremos nada a perder. De hoje em diante vamos ter como norma o que nos fala esse autor no poema a seguir, disse Anita. E Nathália começou a recitar o seguinte poema:


Por que perdoar?
De Alberto Valença Lima

Perdão é coisa que ajuda
a sempre libertar todos nós
você se beneficia, não se iluda
e os demais não terão um algoz.


E assim, viveram as duas felizes para sempre. E não mais foram algozes de ninguém.

*****
 

Publicado por Alberto Valença Lima
em 02/07/2018 às 10h00
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29/05/2018 10h36
Comemoração

Comemorando mais uma marca

Hoje, dia 29 de maio de 2018,  atingi a marca de 500 textos publicados. A sua grande maioria, de poesias. Alguns contos, algumas crônicas, alguns textos de teoria literária e outros de gramática e ortografia. Foram até agora, mais de 85 mil leituras.

Quero então, ao mesmo tempo que compartilho esta comemoração com você, agradecer. Agradecer com todo meu Ser. Por você me prestigiar, por ter a atenção de me visitar, ler meus textos, deixar sempre um comentário gentil.

Muito grato.
Abraços poéticos.

 

Publicado por Alberto Valença Lima
em 29/05/2018 às 10h36
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24/05/2018 20h04
Movimento Internacional Poetrix - MIP

Tenho me interessado muito pelo Poetrix e, por tabela, também pelo MIP. Enviei meus poetrix inéditos para participar da Antologia que será lançada no próximo ano em comemoração aos 20 anos da criação do Poetrix, pelo poeta Goulart Gomes, e estou participando do Concurso de Poetrix que está em andamento, promovido pelo MIP.

O Poetrix é um estilo Literário minimalista. E eu estou encantado com a riqueza que o mínimo pode oferecer. Tenho me aprofundado no assunto, escrevi alguns artigos sobre a teoria do Poetrix e de suas variações e tenho pesquisado e composto vários Poetrix e outros poemas com estilo derivado do Poetrix. Em um mês, eu compus mais de 50 Poetrix e cerca de 10 a 15 das formas múltiplas e variações do Poetrix como Clonix, Duplix, Palavratrix, etc.

Consegui adquirir o livro Antologia Poetrix 5, que foi lançado no ano passado, isto é, em 2017, e me deparei com algumas construções fascinantes. Um delas, da poetisa Lilian Maial, que é coordenadora do MIP no Rio de Janeiro, quero compartilhar aqui com você, que me visita. O título é "Senha ******* ".

"teu * gosto *

em * minha * boca *

" : acesso liberado"

Vejam a multipliciidade de possibilidades de interpretação que tem esse poema. A senha é secreta. Daí os asteriscos. Teu gosto, podem ser milhões de coisas: tua pele, tua boca, tua língua, teu pau, tua lembrança, etc. Ela se reperesenta como um computador, ou um telefone, ou uma máquina, aparelho eletrônico. Talvez até um robô. E é o gosto dele (ou dela), que permite o acesso. Acesso a quê? Aí já virão outros milhões de interpretações.

Publicado por Alberto Valença Lima
em 24/05/2018 às 20h04
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