Um comentário sobre ESCOLHAS
Num texto do Recantista Jorge Gomes Oliveira, publicado no Mural deste RL em 27/10/18 às 03h11, ele discorre de modo brilhante a respeito de escolhas, fanatismo, tolerância. Abaixo reproduzo grande parte de seu texto que logo a seguir, passarei a comentar e discutir a respeito.
FANATISMOS, TOLERÂNCIA E ETC
"É natural que nas nossas escolhas, nas nossas andanças, encontremos essa ou aquela filosofia de vida que mais nos pareça adequada.
É compreensível que a escolha religiosa de cada um de nós tenha um caráter próprio e pessoal, que mais concorde com nossa visão de mundo e de Deus.
Assim também escolhemos o partido político, o time de futebol, o esporte preferido para praticar, o hobby para os momentos de lazer, que nos pareça o melhor, e que tenha mais significado para nós.
Como temos histórias de vida diferentes, percepções de mundo, valores, capacidades intelectuais e emocionais muito pessoais e individualizadas, cada um de nós faz suas escolhas externas em coerência com aquilo que já conquistou intimamente.
Dessa forma, mesmo que não concordemos com a opção de vida de outrem, mesmo que tal ou qual situação jamais possa ser nossa escolha, para alguém isso pode ser o melhor.
Portanto, compreender que não serão todos que aceitarão a nossa religião como a melhor, que verão nossa profissão como a mais acertada escolha ou que conseguirão entender nossas opções, tudo isso faz parte da vida.
Todas as vezes que tentarmos forçar alguém a pensar como nós, entraremos em campo perigoso.
Quando somos intolerantes com as opções distintas das nossas, quando não vemos com naturalidade outros caminhos trilhados por tantos, estamos demonstrando nossa inflexibilidade com a diversidade do pensar e do agir alheios.
O próximo passo, seguido à intolerância, será certamente o do fanatismo.
Quando não conseguimos aceitar as opções alheias, não conseguimos ver outros caminhos para trilhar, tendemos a impor nossas escolhas como a única verdade e a única opção lícita e saudável.
Seremos aqueles que tentaremos impor nossa religião, nossa filosofia de vida, nosso esporte ou nosso hobby aos que nos cercam, para que eles se convençam da nossa certeza, esquecendo-nos de que ela é nossa e de mais ninguém.
Disso concluímos que não nos cabe impor a ninguém nossa crença, seja religiosa, seja de vida, ou de qualquer matiz. (...)"
Na visão do nosso colega Jorge, as escolhas que fazemos não podem ser, digamos assim, "atacadas" por outros. Em parte ele tem razão. Existe a liberdade de escolha e ninguém tem nada a ver com minhas escolhas. Ainda que sejam diferentes das dos outros. Eu sou o dono do meu nariz.
Entretanto, existem algumas situações, em que essas escolhas não dizem respeito apenas a mim. Dizem respeito a outros, como por exemplo, quando um pai ou uma mãe faz escolhas para a família. Todos da família serão afetados por estas escolhas. Ou quando dizem respeito a uma comunidade, como por exemplo, as escolhas feitas por um dirigente de uma empresa ou de um clube. As escolhas deste dirigente irão afetar todos dessa comunidade. Ou ainda, quando essas escolhas dizem respeito a um país inteiro. As escolhas de cada um numa eleição, não dizem respeito unicamente àquela pessoa que fez a escolha. Essa escolha irá afetar toda uma população.
E no caso do Brasil, essa população é de milhões de pessoas.
Neste caso, é natural que aqueles que serão afetados pelas escolhas dos outros, estejam preocupados em convencer o outro de que aquela não será uma boa escolha e vice-versa.
E há um caso mais grave ainda, que é quando a escolha de um país, pode afetar a vida de toda população mundial. É quando, por serem prejudicados pela escolha daquele país em particular, os demais vão de encontro a ele para que estas escolhas não venham prejudicar um número muito maior de pesssoas e, neste caso, ocorre uma guerra.
Não é uma questão de intolerância e sim, de proteção. É uma autodefesa, e em alguns casos, de legítima defesa. Foi o que ocorreu com as Primeira e Segunda Guerras Mundiais, especialmente a última, já que no caso da Primeira Guerra as causas são muito complexas e intrincadas. Mas no caso da Segunda Guerra Mundial, houve uma nítida rejeição do mundo inteiro, às pretensões de Hitler e de Mussolini de transformar o mundo numa colônia desses países, simplificando em muito, as causas mais intrincadas do conflito e seus desdobramentos.
Mas o que era que Hitler pregava para os alemães e que fizeram uma nação inteira voltar-se contra as outras? Que os alemães eram uma raça superior e que todas as outras eram escória e não mereciam viver. Era necessário purificar a Terra. Claro que havia muitas outras coisas envolvidas como, por exemplo, o sentimento de injustiça e de revolta dos alemães para com os aliados que, no tratado de paz na Primeira Guerra, lhe humilharam e lhes roubaram muitas coisas, entre outros. Mas o que o mundo queria, era evitar ser dizimado pelos alemães e pelos italianos que pretendiam dominar a Terra, tal qual acontecera com o Imperio Romano na Idade Média. E os regimes desses dois países, eram o que existia de pior sobre a Terra. Em um reinava o nazismo, e no outro o fascismo, ambos, regimes totalitários onde o poder era centralizado nas mãos de um único homem (Hitler ou Mussolini). E nos quais, nenhum direito era respeitado. Nem mesmo o direito à vida. E todos que eram contra esses regimes, eram sumariamente extintos, eliminados.
E é exatamente isso, que está por trás das pretensões do partido dos trabalhadores do candidato da esquerda. Instituir no Brasil, e posteriormente nas Américas, o regime comunista. E qual o perigo disto?
Basta olhar o que ocorre ou ocorreu, em todos os países onde este regime vigora ou vigorou como, por exemplo, na Rússia, na China, em Cuba, na Venezuela, apenas para citar alguns.
Então, não é uma questão de tolerância. É uma questão de sobrevivência. E mais ainda, quando os que estão do lado do candidato da esquerda, estão dispostos a tudo. Tudo mesmo. Não vou chegar ao extremos de dizer até a matar, mas usam qualquer artimanha ou arma para conseguirem o que desejam. E se não conseguirem, aí sim, estão dispostos até a matar.
Logo, votar em Bolsonaro, não é só uma escolha. É uma opção pela defesa da própria vida. Por isso, e muito mais, é que amanhã, votarei 17.
Alberto Valença Lima e Jorge Gomes Oliveira
Enviado por Alberto Valença Lima em 27/10/2018
Alterado em 19/12/2018