Vou...
Se vou
Não é por minha vontade
Não te fiz nenhuma maldade
Você foi que não me amou.
Sim, eu vou
Seguirei só meu caminho
Levo comigo meu pinho
Que de companhia me fisgo
E não tem, como tu, tanto espinho.
Vou,
Certamente encontrarei outro ninho
Deixando quem só me atormentou
E não me dava nem mais um beijinho.
E no outdoor colocarei quem me ferrou.
Vou,
E para trás, não olharei quem gorou
Um filhinho gerarei no quartinho
Com quem me amará o que se avivou
No meu Ser que agora vai ser mais espertinho.
Vou, e se vou
Não quero levar rancor que se premiou
Em casa, ao chegar, degustarei meu vinho
Que já deixei esfriando no meu barzinho
E aqui deixo de prêmio, aquilo que te perturbou.
Vou,
Pois nossa história já teve seu fim
Deixo também aquele jasmim
Que tantos suspiros ouviu de ti.
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Nota
Desculpem a falha de concordância na primeira estrofe mas não pude evitar. Este poema foi composto como interação no poema "Vá" (T6635768) da poetisa Lilian Vargas deste RL, a quem agradeço pela inspiração. Ela, infelizmente, recentemente, deixou uma mensagem dizendo ter que ausentar-se daqui do RL por compromissos outros. Esperemos que não seja longa sua ausência.
Alberto Valença Lima
Enviado por Alberto Valença Lima em 13/05/2019
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