O PALHAÇO
Alberto Valença Lima
Naquele palco, soberano brinca,
Pobre palhaço, disfarçando o pranto
Do coração despedaçado, tanto
Chora sentido o que em su'alma finca.
Triste palhaço de uma vida inca...
Sempre ele alegra, encarnando no santo.
Quer na vitória, ou no fracasso quanto
Sonhos do além do coração que trinca.
Circo, palhaço, alegria é imensa!
Se na cidade entra uma grande festa.
Logo irão todos saber pela imprensa.
Mas o palhaço, de alegria infesta
E toda gente tem mágoa suspensa...
Mas a tristeza? Pobre homem... gesta!