Textos
Trovas de Caneta (Trova DCXXXII até DCXL)
Trova DCXXXII
Domingo é dia... nós dois...
fazendo festa, floria!
E a caneta vem depois,
dos meus versos se despia.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXIII
Deste tinteiro, a caneta
se desprende tal um raio,
e não espera gorjeta
para fazer seu ensaio.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXIV
Em cima de uma banqueta
encontrei um pergaminho.
Peguei então a caneta,
dupliquei pro meu benzinho.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXV
Com minha caneta escrevo
preces, versos e canções,..
Mas na fala, não me atrevo
a expor as minhas questões.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXVI
Podemos ter na caneta
nossa mais forte aliada...
Ela é tal a borboleta
que com cores nos agrada.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXVII
Com esta pena os meus versos
ganharão mais dimensão,
pois já nascerão submersos
no estilo deste faisão.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXVIII
A ponta da minha pena
era fácil de encontrar,
mas vai fazer a quinzena
que ela nada quer falar.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXXXIX
Aquele velho tinteiro
que tantas cartas criou,
já não é mais meu parceiro...
Produção dele fechou.
(Alberto Valença Lima)
Trova DCXL
Inverno, com força, chega,
devastando a multidão,
e a caneta da galega
não faz nem sequer, menção.
(Alberto Valença Lima)
Alberto Valença Lima
Enviado por Alberto Valença Lima em 02/09/2021
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