Recanto de Alberto Valença Lima
A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original. (Albert Einstein)
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RECIFE DOS MEUS ENCANTOS DE ADOLESCENTE

Recife tão bela, que amo e admiro. Recife onde vivi por quase 50 anos, Recife da Olinda onde nasci... Recife dos meus encantos mil. Encantos de adolescente, que perambulava pelas ruas em busca de um cinema. Ou algumas vezes, a buscar a apresentação de uma Orquestra Sinfônica no Teatro Santa Isabel. Era tudo que queria.

 

O cinema se tornou a própria poesia! No escurinho dos cinemas, eu via desfilar as mais belas atrizes, os mais românticos casais, os mais poéticos diálogos. Fossem de um Antonioni ou de um Bergman, ou até de um Leoni ou Lester, em pitorescas e românticas cenas, como as de um triângulo amoroso em "A Bossa da Conquista", onde numa cama com hastes douradas e rodinhas nos pés, a deslizar em desembalada pelas avenidas movimentadas de Londres feito um automóvel íntimo em um Reality Show.

 

E cinemas, Recife os tinha aos montes! Desde o luxuoso São Luiz, com toda sua pompa, ao mais pacato e precário Alan Kardec, numa sala emprestada de um colégio num bairro distante. Eram tantas as salas... Hoje já não mais se encontram. Que lamentável tristeza. Não ver mais o cinema Moderno, com suas sessões vespertinas, a visita ao Restaurante Leite, ou o Trianon e Art Palácio, com suas salas mal cuidadas, muitas vezes também mal frequentadas, mas com sua programação diferente dos filmes da Paramount. Ou o Ritz e o Astor, no Parque Treze de Maio, com o namoro nas salas do cinema e o vigilante com a lanterna (chamavam lanterninha) para orientar quem chegava. Este fato também nos cinemas anteriores. Finalmente, entre os mais luxuosos, o Veneza, quase o caçula dos cinemas, com tela em dimensão especial, imitando o cinerama de São Paulo e o som em surround estéreo. As sessões de grandes espetáculos como Os Caçadores da Arca Perdida ou o filme que inaugurou o cinema: Aeroporto de 1970 numa tarde gloriosa após a noite de estreia.

 

O Recife dos velhos carnavais, do corso nas ruas da cidade, os namoros e paqueras... Das grandes festas no Clube Internacional ou Português. Tudo levava ao amor, à poesia, ao sabor dos ventos.

Cidade de Saudade, que até tem uma rua com este nome.

Alberto Valença Lima
Enviado por Alberto Valença Lima em 08/01/2022
Alterado em 14/02/2022
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