Alberto Valença Lima
Um brinde eu vou fazer em solidão...
Pacato é seu momento de pesar,
Só pobre sempre sofre seu penar
E o brinde marca sua devoção.
Nas festas que por tua causa são
Desastres, que por si só dão azar!
Por nobres causas nós vamos brindar
Sem pejo nem obstáculo? Ficção!
Por só na solidão encontrar paz,
Não vive num singelo manuscrito,
Que em letras garrafais, põe em negrito.
Sobeja isolamento em som fugaz
Em prece que de resto, tão atroz.
Exílio estapafúrdio, só a sós.
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Nota
Para conhecer um pouco mais sobre o soneto, em particular, o soneto heróico puro, leia o texto que escrevi na Teoria Literária deste Recanto no link abaixo.