(Alberto Valença Lima)
No momento que alguém cruza as muralhas
Tão impregnadas de tanta incerteza
Carece qualquer gesto de nobreza
Que possa amenizar as nossas falhas.
Nem todos têm virtude das batalhas
Para em minuto com tanta crueza
Desvencilhar-se da sua defesa
E não entregar ao outro migalhas.
Encontrar-se com Deus do outro lado
Para muitos, motivo de temor
Consegue interromper vida de amor!
Para os que ficam, sofrem sem agrado
Por perderem contato com o amado
Vendo ele agora, com o Ceifador!
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Nota
Este soneto, somente hoje, consegui compô-lo para meu irmão falecido recentemente.