RESENHA DO LIVRO ARTEmanhas

Do poeta Dilson Ferreira da Silva, que usa o pseudônimo de “dilsonpoeta”.
 
Dilson Ferreira da Silva nasceu na capital cearense aos três dias do mês de março de 1951. Lá permaneceu até os sete anos, quando mudou-se para a capital potiguar com sua família, onde vive até hoje.
 
Já aos treze anos, começou sua carreira poética, alicerçado em mestres como Affonso, Manuel Bandeira, Ferreira Gullar, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana, Vinícius de Moraes, e tantos outros poetas brasileiros, Dilson já publicou seis livros solo, todos de poesia.
 
Apesar de não ter formação acadêmica, concluiu o ensino médio e é um dos melhores poetas que escrevem no Recanto das Letras. É querido e admirado por todos, contando na sua escrivaninha com nada menos que dois mil e noventa e oito  textos na data de hoje, 15/04/2021, com cento e dezoito mil, duzentas e oito leituras, o que é uma marca invejável (no bom sentido), sem dúvida.
 
Entre esses mais de dois mil textos, há os mais variados modos poéticos de escrever tais como acrósticos, aldravias, Poetrix, sonetos, tautogramas e trovas, entre outras modalidades.
 
Já participou de mais de vinte antologias e tem livros espalhados em todas as partes do Brasil e até no exterior, em Portugal. É um homem dedicado a Deus, à sua querida esposa Salete, e a uma cadelinha, Shenna, que até ganhou dele um soneto a ela dedicado em 2020.
 
Foi vitorioso com um de seus poemas – Arauto – obtendo o 1º Lugar num concurso da Editora Becalete de São Paulo. Dilson é membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins – SPVA, do Rio Grande do Norte.
  
Na orelha de seu livro, constam dois modos de contato. Uma deles, porém, não é mais válido. Segue abaixo o modo de contato com o autor do livro.
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ARTEmanhas – Manias poéticas
 
Livro de poesias do poeta Dilson Ferreira da Silva, pseudônimo dilsonpoeta, assim mesmo, com todas as letras minúsculas, é uma preciosidade para se guardar com cuidado. Pode-se, por exemplo, desejar, de repente, abri-lo numa página qualquer ou alguma específica, para ler alguma das belas  mensagens poéticas de Dilson. Desfrutando assim, um pouco do seu belo coração, cheio de bondade e de luz.
 
A capa é ilustrada com uma bela pintura da esposa do autor, Maria Salete Souza da Silva, intitulada “Pássaro no Ninho”, conforme vocês podem constatar na imagem abaixo.
 

 
 
O livro consta de 176 páginas, sendo uma da ficha técnica, outra de agradecimentos, sumário, o prefácio de Jania Souza e os poemas.
 
Uma coisa que merece destaque aqui, é uma prática rara, e pelo menos para mim, creio ser a primeira vez que encontro em um livro, da forma como Dilson fez. Já encontrei várias vezes de o autor introduzir uma epígrafe  a cada início de capítulo ou a cada seção, com um pensamento de algum escritor famoso. Prática muito comum, por exemplo, em dissertações ou teses acadêmicas. Mas Dilson faz isso a cada página! Em todas as páginas do livro, excetuando as páginas iniciais (prefácio, ficha catalográfica, etc.) todas as demais iniciam com uma epígrafe. E o mais interessante é que ele escolheu a dedo cada pensamento, sempre tendo alguma conexão com o poema que se segue, como é o caso, por exemplo, do poema que abre o livro – “Adeus em soneto”, cuja epígrafe é uma frase de Millôr Fernandes, a saber:
“Sim, do mundo nada se leva. Mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus.”
 
Logo a seguir, uma coisa que achei muito bela, o resgate de um acróstico construído aos 20 anos para sua esposa, Maria Salete. Na época, ainda tentando conquista-la. Conclui-se que ele conseguiu, uma vez  que encontram-se casados já há bastante tempo.
 
A grande maioria dos poemas deste livro foram compostos como sonetos ou sextilhas, talvez  por influência do cordel, apesar de o autor nem ter algum cordel entre os seus mais de dois mil textos cadastrados no Recanto das Letras.
 
Mas uma coisa a lamentar, apesar de isto não macular de modo algum a beleza ou a grandiosidade do trabalho, foi o fato de ele explorar tão pouco a trova, modalidade que o autor domina com maestria nas páginas do Recanto.
Ao todo foram quinze páginas, que multiplicado por cinco resulta em setenta e cinco trovas no meio de cento e setenta textos poéticos. O que, na verdade, nem é tão pouco assim, mas é que ele reúne as trovas em grupos de cinco e coloca-as numa página com um título qualquer. Mas é que eu gosto tanto das trovas do Dilson, que as vi perdidas na imensidão do livro. Em cento e setenta páginas, apenas quinze foram dedicadas às trovas. Isso representa menos de dez por cento das páginas! Mas é só um desabafo.
 
O livro é um primor. Desde a belíssima capa, à sua contracapa, que é uma caricatura do autor desenhada por Francisco Silva do Nascimento (Franck), encimando um belo poemeto do autor, que fala em mudar o mundo através da poesia. Sem contar os belos poemas encontrados a cada página com seus epígrafes, para nos fazer refletir. Desde o primeiro ao último poema.

Recomendo a leitura por quem admira a poesia. E para os que não admiram também, pois pode ser que esta leitura lhe faça admirá-la.
 
 Capa do livro do Dilson