Ela chegou cedo na feira. Saiu de casa, no ABC Paulista, em direção ao Pavilhão, no Ibirapuera. Era sua primeira feira de livros e Amanda chegou antes de abrirem as portas. Ficou por ali conversando com outros madrugadores. Ao contrário do que pensava, já tinha mais de duzentas pessoas por ali. Um rapaz muito simpático logo lhe dirigiu a palavra.
- Veio pra feira?
- Sim, e você?
- Também. Estou lançando um livro hoje, conhece alguém aqui?
- Não. Como é o teu nome?
- Pablo. Você vai gostar. Você é daqui mesmo?
- Não, de Santo André. Meu pai trabalha em São Bernardo e minha mãe preferiu morar lá.
- Você é mineira, não é? Seu sotaque...
- Risos.... De Montes Claros. Meu pai estava desempregado e foi pra São Bernardo. Depois que conseguiu emprego mandou buscar minha mãe e eu. Isso faz uns dez anos.
- Que interessante. Sou de Pernambuco. Vim pra São Paulo há trinta e cinco anos. Moro em Moema.
- Estão abrindo os portões, vamos?
- Olha, vou pegar meus livros ali no carro, me dá teu telefone.
- Tá, me dá o teu que eu ligo.
- 9911-2233 é zap.
- Pronto. Esse aí é o meu, Amanda, ela fala depois de ligar para o número dado.
Trocaram um rápido beijo.
Será que vai rolar algum namoro entre Amanda e Pablo? Deixe seus palpites no comentário.
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Barraca de Feira. Foi publicado em 03/06/2019 exatamente às 10 horas no Meu Diário. Publico-o agora aqui, pois ele só era visível até então pelo site "Recanto de Alberto Valença Lima".
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/barracadefeira.htm
