Alberto Valença Lima. São Paulo, SP
A flor espera o tênue e breve instante
Que só o orvalho lhe resvala a pele
Com maciez... ternura de um amante
Que lhe cobre de beijos que pincele
Suavidade e tez tão verdejante
Aromas dissonantes... se acautele!
Esta flor tem algum segredo errante
Por ser tão bela que a cor não revele.
Rosa, tulipa ou dália, tem na essência
Feitiço sorrateiro que lhe coube
A cada deslumbrante cor de hortênsia
Na flor que desabrocha tem regência
Não há nada que lhe supere ou roube
A grandeza que só Deus, lhe dar, soube!
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Nota
Este soneto foi publicado no e-book 45ª Ciranda de Poesias do Rio de Janeiro que pode ser obtido gratuitamente na minha estante no link abaixo. Ele é o quinto livro da página.