Nelson Gonçalves cantava uma música chamada "Boêmio demodê" na qual ele começava assim:
"Vou fazer uma seresta,
Moderninha como quê,
Misturar os tratamentos,
Juntar o tu com você,
Eu não quero que me chamem,
Um boêmio demodê."
(...)
E finalizava com os seguintes versos:
"Porque a Lua
Nesses tempos agitados,
Já não é dos namorados,
Romantismo não tem mais."
Será que o romantismo está mesmo demodê? Que a Lua já não é dos namorados?
Ao contrário do que muitos pensam, o romantismo não é apenas um estado de espírito, um sentimento de pureza e beleza que enxerga as coisas belas como a lua, uma flor ou um lago com um barco para passear com a amada.
Romantismo, segundo a Wikipédia, "foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa."
Caracterizou-se por uma exacerbação dos amores utópicos, impossíveis e, frequentemente, trágicos. Tendência à fantasia e ao sonho.
Posteriormente o romantismo foi associado ao cavalheirismo, aos trajes palacianos ou da época do capa e espada dos filmes. Também do culto ao belo e à exaltação da mulher e do galanteio.
Estaria isso demodê? Na minha ótica não. Vejo muitos homens e, principalmente mulheres, valorizando este aspecto do romantismo, dos contos de fada e das princesas em perigo salvas por um cavaleiro garboso. Os sonhos e fantasias da época do romantismo principalmente da França.
E você? Acha que o romantismo hoje é demodê? Por quê?
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Romantismo É Demodê?
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