Recanto de Alberto Valença Lima
A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original. (Albert Einstein)
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Meu Diário
06/05/2019 10h00
Se me dão licença... (EC)

Se me dão licença...
Eu vou parar de falar.
Eu vou meu café tomar.
E quero coçar o polegar.
Eu vou Fernando Pessoa ler.
Eu vou nela me achonchegar.
Sair daqui será um prazer.
Preciso ao telefone falar.
Eu vou minha casa alugar.
Vou dessas coisas desapegar.
Eu vou agora praquele lugar.
 

 

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Se Me Dão Licença
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Nota informativa

Sobre o último Exercício Criativo, O gato e o GATO, muitos até tentaram oferecer finais bem criativos mas, quem mais se aproximou da verdade foi a poetisa Norma Aparecida Silveira de Moraes. Bem, o que aconteceu com François e José?

Realmente, eles se deram muito bem mas, não houve nenhuma briga. José, conhecido por GATO, tinha muita afeição por gatos. E François, o gato de Priscila, era um lindo bichano que ela cuidava como se fosse gente.

Não houve disputa por Priscila. José e François, desfrutaram dela sem restrições. E viveram todos FELIZES PARA SEMPRE.

Agradeço a todos que deixaram seus palpites para o final da história.

Publicado por Alberto Valença Lima
em 06/05/2019 às 10h00
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22/04/2019 10h00
O gato e o GATO (EC)

Um gato se chamava Renoir e outro se chamava José.

José era um rapaz bem apessoado, musculoso e bem cuidado. Todos o chamavam de GATO. 

Renoir era um gato também muito bem cuidado, sempre perfumado, que dormia praticamente o dia inteiro.  Todos o chamavam de Renoir. Era requintado e preguiçoso. Morava com Priscila, uma moça bela e inteligente, com cabelos longos e muito feminina. Gostava muito de Renoir. 

Um dia José encontrou com Priscila e os dois se apaixonaram. Priscila levou José para dormir na casa dela. E os dois gatos, fatalmente se encontraram. José e Renoir. 

O que você acha que aconteceu? Um gato matou o outro GATO quando encontrou José na cama com Priscila? Brigaram? Se entenderam?

Deixe aí embaixo nos comentários sua opinião. No próximo exercício criativo irei postar aqui o desvendar da história.

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Nota informativa

 

E, por falar de desvendar da história, fiquei devendo aqui um desfecho para o conto postado no último EC - CARTA PERDIDA. O que terá acontecido com Ricardo e Soraya?

Primeiro uma informação relevante: O conto publicado no último Exercício Criativo foi baseado em fatos reais. Os nomes dos personagens e dos lugares foram modificados para evitar possíveis reclamações mas, os fatos nele mencionados realmente aconteceram.

E o final da história foi que Ricardo realmente foi para São Paulo e, ao chegar lá, Soraya já tinha recebido a carta enviada. Os dois se encontraram mas não aconteceu nada entre eles. Houve um certo desconforto por estarem ali, um em frente ao outro. Não houve química. Conversaram longamente, como amigos, e depois desse encontro, nunca mais se viram outra vez. E a correspondência entre eles foi interrrompida poucas cartas depois.

Ricardo não se mudou para São Paulo e nunca mais soube de Soraya.

 

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - O Gato e o Gato
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Publicado por Alberto Valença Lima
em 22/04/2019 às 10h00
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08/04/2019 10h00
CARTA PERDIDA (EC)

Ricardo se correspondia há 3 anos com Soraya. Ele morava no Amazonas, numa cidadezinha de Uanini, interior do Estado do Amazonas e ela em São Paulo, cidade mais populosa do Brasil. 

Durante esses 3 anos que se corresponderam, Soraya e Ricardo desenvolveram uma amizade muito forte e, semanalmente, trocavam pelo menos uma carta. Soraya escrevia bem menos que Ricardo pois, tinha muitas ocupações. Mas, sempre que podia, escrevia para ele. Gostava muito de lhe contar sobre suas conquistas, seus anseios, suas diversões na maior cidade  do país. Ele por sua vez, como só estudava, tinha muito mais tempo e, sempre estava escrevendo para Soraya para lhe contar sobre suas conversas com seus colegas de turma, as suas opiniões sobre os filmes a que assistia na TV ou no cinema e, principalmente, sobre as leituras que fazia.

Ricardo gostava muito de ler. Era, depois do cinema, sua diversão favorita e, provavelmente por causa disso, escrevia muito bem e, esse tinha sido o principal motivo do desenvolvimento da correspondência entre ele e Soraya. E ela ficava impressionada com as opiniões bem elaboradas e fundamentadas que Ricardo lhe expressava nas cartas.

No início da correspondência eles começaram a conversar sobre O Pequeno Príncipe de Exupéry. E, por causa desse fato, ele a chamava de "Minha rosa" e ela o chamava de "Meu jardineiro".

Eles chegaram a marcar um encontro em São Paulo, quando Ricardo se deslocaria até lá e se encontrariam para se conheceerem. Mas, antes disso acontecer, Soraya enviou uma carta para Ricardo com 12 páginas e, esta carta não chegou. Ricardo ficou desesperado. Pediu a Soraya que fizesse uma reclamação nos Correios, pois a carta fora enviada registrada. Então era possível reclamar. E todos os dias, ao longo de três longos meses, Ricardo ia para o portão esperar o carteiro passar e perguntava se havia alguma coisa para ele. E a resposta era sempre negativa. E Ricardo foi começando a se desesperar. Se fosse um objeto qualquer, não haveria problema. Mas era uma carta de Soraya! E era uma carta enorme! Quando as cartas dela nunca tinhama mais do que três ou quatro páginas. Esta tinha doze!

Por outro lado, Soraya também se preocupava pois na carta ela expunha muitas coias e detalhes de como seria o encontro dos dois em São Paulo. E, por mais que ela se esforçasse, não conseguiria reproduzir o que escrevera. Também se preocupava por perceber o quanto aquele fato tinha abalado o equilíbrio de Ricardo. 

Ao longo dos três meses de espera, eles continuaram trocando correspondência. Mas as cartas dele haviam escasseado. Por consequência, as dela também. Houve um nítido afastamento dos dois.

Após os três longos meses de espera, finalmente chegou o dia em que o carteiro entregou a Ricardo a carta perdida. Ricardo pegou aquela carta nas mãos como se estivesse pegando no maior tesouro de sua vida. Era como se ele tivesse nas mãos, o próprio coração, levando para um hospital para um transplante. Entrou em casa e trancou-se no quarto. Abriu cuidadosamente o envelope que estava todo manchado de muitos manuseios e carimbos. A carta tinha estado em seis Estados diferentes antes de chegar àsa sua mãos. Excetuados os Estados do Amazonas e de São Paulo.

Leu a carta com uma avidez nunca experimentada em sua vida. Depois releu-a mais duas vezes. Pegou uma caneta e pôs-se a respondê-la. Falou sobre a viagem que já seria na semana seguinte, sobre os filmes que ela havia comentado, sobre as músicas, sobre o sentimento que ele estava sentindo, e sobre a iminente aproximação dos dois. Falou também dos planos que tinha de mudar-se para São Paulo e um monte de outras coisas. Ao finalizar, a carta tinha 46 páginas. Ficou com medo de que aquela carta também viesse a se perder pois, era frequente, abrirem as cartas muito volumosas pensando haver nelas dinheiro que, muitas vezes, as pessoas enviavam para evitar pagar as taxas bancárias. Mas, apesar do medo, no dia seguinte, postou a carta nos Correios registrada também.

Na semana seguinte, viajou para São Paulo. O que será que aconteceu? Como terá sido o encontro dos dois? Veja o desfecho desta história no próximo capítulo.

 

 

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Carta Perdida
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Publicado por Alberto Valença Lima
em 08/04/2019 às 10h00
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25/03/2019 10h00
Encantos de minha cidade (EC)

São tantos os encantos de minha cidade que até tenho duas para falar, pois em uma só não cabem. Olinda e Recife são as minhas cidades. São como irmãs e como tal são conhecidas. São tão próximas uma da outra que chegam a se confundir. As histórias das duas estão tão interligadas que é difícil separar.

Olinda foi onde nasci. Recife é onde moro. Olinda me viu crescer, Recife me vê viver. Para a primeira compus um poema. Para a segunda compus minha história.

Encantos de Olinda

Encantos que Olinda tem
Encantos que Olinda guarda
Olinda que me viu nascer
Olinda que olhou eu crescer
Olinda de suas ladeiras
De seus casarões encantados
Da Sé de estendidas esteiras
Olinda que suas igrejas acolhe
E que tantas poesias inspirou.

Olinda dos seus carnavais
Dos blocos na rua passando
Palhaços, artistas brincando
Olinda do Homem da Meia Noite
Que sobe e desce ladeiras
Ao som do frevo e da alegria
De seus foliões desvairados.

Olinda de muitos poetas
Artistas, pintores, doutores
Ninguém escapa dos encantos
Dos pores de sol em Olinda.
Das vistas de puro deleite
Do alto de seu Farol
A contemplar o arrebol.

Recife também tem muitos encantos. Além de inúmeras igrejas, monumentos, pontes e o Rio Capibaribe que a corta a cidade de Sul a Norte, de Oeste a Leste, adornado por mais de 40 pontes e que, por conta disso, é chamada de Veneza Brasileira. Já teve seus encantos declamados na poesia do pernambucano João Cabral de Melo Neto intitulada "O Rio".

Deixo a seguir um link para quem tenha interesse de conhecer ou de reler este belo poema.

O RIO - João Cabral de Melo Neto

Nota

As duas cidades fizeram aniversário agora, recentemente. No último dia 12 de março de 2019, Recife completou 482 anos e Olinda, 484.

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Encantos de Minha Cidade
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Publicado por Alberto Valença Lima
em 25/03/2019 às 10h00
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11/03/2019 10h00
Inteligência artificial (EC)

CONTO DE FICÇÃO CIENTÍFICA

Fernanda estava naquela noite sentindo-se só e triste.  Resolveu acessar a internet e foi para o facebook. Ao entrar no seu perfil encontrou uma mensagem de um desconhecido. Olhou o perfil dele e sentiu-se atraída pelo que viu. Não tinha uma foto de Fernando mas sim uma interrogação. Resolveu então responder à misteriosa mensagem.

Com poucos minutos recebeu a resposta. Era de alguém muito alegre e descontraído. Bateram papo durante quase duas horas. Ao se despedirem e combinarem para se comunicarem no dia seguinte, Fernanda estava com outro astral. Descontraída, alegre, esperançosa e, principalmentge, apaixonada.

No dia seghuinte, na hora combinada, Fernando já estava online. Ambos tinham se adicionado como amigos e ela ficou encantada com as gentilezas e amabilidades que recebeu. Mais uma vez, Fernando mostrou-se encantador. Morava também em São Paulo mas, no interior. Em Campinas. Ela morava na capital. Era funcionária de uma empresa estatal. Fernando era um homem de negócios. Tinha vários empreendimentos espalhados pelo mundo. Ele disse que estaria naquele fim de semana na capital e gostaria de encontrar-se com ela. Ela disse que não poderia pois já tinha marcado com uma amiga para irem à praia. Ele tanto fez que ela terminou se convencendo de dar uma desculpa à amiga e se encontrarem os dois num restaurante famoso - o Família Mancini.

No sábado logo cedo Fernanda começou a se aprontar. Tinha ido ao cabelereiro no dia anterior, passou um tempão escolhendo a roupa que iria usar e as bijuterias que a enfeitariam. Na hora combinada chamou um Uber e se dirigiu ao local. Ao chegar, Fernando estava já sentado numa mesa. Haviam combinado que ele estaria usando um chapeu preto de palhinha e, assim, logo ela o reconheceu. Ao vê-la dirigindo-se para ele, Fernando se levantou e convidou-a para sentar, puxando-lhe a cadeira.

Ele chamou o garçom e pediu uma garrafa de champagne francesa. Brincarem o encontro e ele pediu que ela fosse com ele até a casa de sua mãe que era ali  perto pois queria apresentá-la a ela. Ela ficou indecisa mas logo ele a convenceu. Ela entrou num jaguar que chegou minutos depois à porta do restaurante e os dois foram pela av. 9 de julho em direção ao Ibirapuera. Logo chegaram a uma mansão na Vila Olimpia. Ele abriu o portão com um controle remoto e entrou com o carro. Ao parar, um criado veio para abrir-lhe a porta e ele, de imediato deu a volta no carro para abrir a porta para Fernanda, revelando-se um autêntico cavalheiro.

Ela desceu com a ajuda de Fernando que pegou sua mão para ajuda-la. Caminharam para uma porta suntuosa que foi aberta por outro criado vestido com uma jaqueta preta e camisa branca com gravata borboleta. Os dois entraram e ele convidou-a para sentar-se numa sala monumental. Em poucos minutos, Fernanda deu um grito apavorada. Era a mãe de Fernando que entrara na sala e lhe dirigia a palavra. Mas ela não era humana. Tinha um rosto monstruoso! Foi então que Fernando tirou a sua máscara. Ele também era monstruoso. Ela estava se relacionando até então com um ser extraterrestre. Era apenas uma inteligência artificial.

 

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Inteligência Artificial
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Publicado por Alberto Valença Lima
em 11/03/2019 às 10h00
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