Hoje tornei-me membro de mais uma Sociedade Literária. Desta vez, a SBPA - Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas. Sociedade esta criada em Mariana - MG, terra onde surgiu no ano 2000 uma nova modalidade poética, a Aldravia, que é a primeira modalidade poética exclusivamente brasileira. Sim, porque o Poetrix, apesar de ser anterior a ela, não é exclusivamente brasileiro. Tem raízes japonesas. A Aldravia, ao contrário, não tem raízes externas. Surgiu de ideias brasileiras. Um grupo de poetas e uma poetisa, a idealizaram partindo de uma necessidade de minimalismo, do mesmo modo que o Poetrix.
O grupo era formado por J. B. Donadon-Leal, Andreia Donadon Leal, Gabriel Bicalho e J. S. Ferreira. O nome Aldravia foi proposto por Andreia. A Aldravia é uma modalidade poética que consiste em seis versos univocabulares, que valoriza a metonímia em detrimento da metáfora. Os versos são escritos com todas as letras minúsculas, fazendo-se exceção apenas para nomes próprios e, só se for opção do autor, usar letra maúscula inicial nestes casos. Locuções pronominais podem ser consideradas como uma só palavra, da mesma forma que nomes próprios duplos em que o conjunto forme um novo nome também, como é o caso de Van Gogh ou Di Cavalcanti, por exemplo.
Com grande honra e muito orgulho, passo a fazer parte também desta Sociedade. A solenidade de posse acontecerá em outubro do próximo ano.
Minha página na SBPA - Sociedade Brasileira de Poetas Aldravianistas
Foi lançado hoje o meu primeiro livro solo. Seu título? Caminhos de mim.
Trata-se de um livro de poesia que contem cerca de 140 poemas dos mais variados estilos. O livro encontra-se dividido em quatro partes. A primeira parte é formada por poemas clássicos e modernos. A segunda por Poetrix. A terceira por poemas em EcoSys, Indrisos e Rondéis. E a última parte é formada por sonetos.
O livro tem prefácio de Maria do Socorro de Paula Barreto, que é bahcarel em Letras pela Faculdade Fransinette do Recife. Ela tem dois livros publicados: "Adeus a um grande amor" e "O Homem rico e o menino pobre".
Revisão e pósfácio de Ricardo Alfaya que é poeta carioca, com cinco livros de poesia publicados e é livreiro virtual. Pode ser contatado através do endereço https://alfaya-livreiro.com.br
O lançamento aconteceu na Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco e teve início às 18h30. Compareceram cerca de 50 pessoas entre familiares, amigos e frequentadores da biblioteca.
Abaixo, algumas fotos do evento. Mais, na minha página em alberto.prosaeverso.net/albuns.php.
Estava ela acostumada a enganar o marido com um velho truque usado por tantas. Dizia que ia ao shopping fazer compras mas, lá encontrava-se com o amante que a levava até um motel e lá, passavam horas num idílio amoroso.
Após algumas horas, ele deixava-a no shopping outra vez e ela entrava em uma loja qualquer e comprava algumas roupas no cartão do marido. Depois entrava em outra loja de artigos masculinos e comprava para ele alguma camisa ou calça ou um cinturão ou uma bela gravata.
Chegando em casa, o marido ainda no trabalho. Ela tomava outro banho (pois já tinha tomado um no motel com o amante), colocava uma roupa descontraída e colocava um bom perfume para esperar o marido c-o-r-n-o que não demorava a chegar.
E o recebia de braços abertos entregando-lhe o presente que comprara, deixando-o assim muito satisfeito com o cuidado que a deddicada esposa lhe tinha.
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - O Velho Truque
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/ovelhotruque.htm
Hoje, em homenagem ao Dia do Professor, quero compartilhar com todos que aqui me visitam, um texto muito bonito sobre este, que é, o símbolo da sabedoria - O Professor.
De autoria de Renê Barreto
"Andava muito doente o velho professor...
Por isso, ele não tinha agora o mesmo ardor,
que outrora o possuía e que o animava dantes.
Às vezes, quando em aula, havia mesmo instantes
em que inclinava a fronte (aquela fronte austera
onde já desbotara a flor da primavera)
e cochilava um pouco, involuntariamente.
O velho professor andava muito doente.
Era, porém, tamanho o bem que nos queria
Que jamais quis pedir aposentadoria
e manter-se do Estado, à custa dessa esmola.
Era sempre o primeiro a aparecer, na escola,
com joviais maneiras, tão simpáticas,
não obstante sentir umas dores tão reumáticas
que o faziam sofrer, ultimamente.
O velho professor andava muito doente...
Um dia ele chegou mais tarde, alguns momentos.
Trazia nas feições sinais de sofrimentos...
A palidez do rosto, os olhos encovados
denunciavam seus pesares ignorados.
E, como para tomar a dor mais manifesta.
cavara-se-lhe fundo uma ruga na testa.
Franzia-lhe o rosto uma expressão de dor.
Andava muito doente o velho professor.
A aula começou. Mas, pouco depois das onze,
o velho mestre, o bom trabalhador de bronze,
(que já perto de trinta anos ou mais, havia
que – gigantesco herói – lutava dia a dia,
para a glória da pátria e para o bem da infância,
dando batalha ao vício e combate à ignorância.)
sentindo de uma dor os agudos abrolhos,
curvou as nobres cãs, cerrou de leve os olhos.
Fora, fulgia o sol. A manhã era calma.
Sorrindo, a natureza abria a sua alma
repleta de alegrias e cheia de esplendores.
Pela janela aberta, entrava o hálito das flores;
em toda a atmosfera azul lavada, fina,
ressoava baixinho, assim como em surdina,
um canto celestial, harmonioso e suave,
anjos tocando, em harpa, alguma canção de ave.
Nisto ergueu-se um aluno, um pândego, um peralta,
fabricou de um jornal um chapéu de copa alta.
e bem devagarinho (oh! que ideia travessa)
chegou-se ao mestre... zás! enfiou-lhe na cabeça.
E rápido se foi de novo ao seu lugar.
O mestre nem abriu o sonolento olhar.
E àquele aspecto vil de truão, de improviso,
rebentou pela aula estardalhante riso.
De súbito, surgiu o diretor, na aula...
Demudou-se-lhe o gesto, estremeceu a fala.
quando ele, transformando a sua mansidão de boi
em fúria de leão, nos perguntou: “Quem foi?”
“Quem foi esse vilão que fez tal brejeirice,
“sem respeito nenhum às cãs desta velhice?
“Vamos lá! Sede leais, verdadeiros e francos.
“dizei: quem ofendeu estes cabelos brancos?”
Mas ninguém denunciou da brincadeira o autor!
Como um truão dormia o velho professor!
O diretor, então, chegou-se junto à mesa...
Via-se-lhe no rosto, o incômodo, a surpresa,
de que o sono do mestre assim se prolongasse.
Curvou-se meigamente e levantou-se a face.
Mas recuou tremendo, aterrado, absorto,
aniquilado e mudo... O Mestre estava morto."
Nota:
Este poema foi declamado por mim no colégio quando eu tinha cerca de 8 a 10 anos, numa festa dos professores. Lembro que fui muito aplaudido. O poema foi todo memorizado e interpretado na apresentação. Foi tão marcante isso na minha vida, que ainda hoje, quase 60 anos depois, ainda recordo muitas das estrofes. Homenagem que presto aos professores em seu dia.
Alan acordou naquela manhã com um tesão enorme. Excitado e sedento por uma mulher desde que sua esposa se fora na semana anterior após uma discussão.
Abriu seu notebook e acessou um site de anúncios de mulheres lindas locais. Olhou várias até se deparar com Amanda, uma morena linda, de 18 aninhos, com um corpo exuberante, e que se dizia bem safadinha e com local próprio para realizar todas as fantasias de quem a procurasse.
Alan pegou o telefone e ligou. Marcou para 17h. Ela estava ocupada naquele momento e não pode atendê-lo. Ele deixou recado e ela retornou uma hora depois, quando marcaram para aquele horário pois só então ela estaria disponível. Ele gostou dela e por isso aceitou esperar. Não queria escolher outra. Estava decidido.
No horário marcado ele chegou lá no endereço fornecido, em Boa Viagem. Ela o atendeu com um vestidinho bem curto e os cabelos soltos. Muito cheirosa. Ele entrou e achou algo estranho na postura dela. Desconfiou e perguntou: você é mulher mesmo? Ela respondeu mostrando seu corpo de cima a baixo: o que você acha? Ele, ainda meio desconfiado, falou: é, parece que sim. Mas, quando entrou e ela fechou a porta, dois brutamontes sairam de dentro do quarto e agarraram Alan. Roubaram todos os seus pertences, deram nele uma surra grande, deixando-o desacordado.
Quando ele acordou, estava nu, num matagal, no meio de muito lixo, num local totalmente escuro e deserto e com o corpo todo dolorido. Atordoado, tentou socorro por umas cinco horas ou mais, sem êxito. Só no dia seguinte, após amanhecer, que encontrou um caminhoneiro que lhe acolheu e o levou para uma delegacia, oferecendo-lhe uma capa para cobrir sua nudez.
Alan descobriu que estava em Atapuz, uma cidadezinha próxima de Goiana em Pernambuco, distante cerca de 60km de Recife.
E o tesão de Alan foi pra o beleléu.
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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Dama de Companhia
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